5 problemas no repasse de custos das farmácias

5 problemas no repasse de custos das farmácias

Equipe Proffer

08/02/2022

A formação de preços exige muitos cuidados dos gestores de farmácias. Entre os fatores que impactam os resultados, um dos mais importantes para evitar perdas de receita é o repasse de custos, especialmente considerando os efeitos da inflação.

A previsão para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2022 atualmente se encontra em 7,65%. Esse valor faz parte dos cálculos da projeção do Boletim Focus, divulgada pelo Banco Central em 26 de abril.

O problema é que esse número vem crescendo mês a mês, como consequência de uma inflação em ascensão.

Na prática, as farmácias devem se atentar para atualizar seus preços conforme os custos do negócios. Esses são diretamente impactados pelo IPCA sobre os produtos.

Por isso, é preciso entender que cada loja deve ser livre para tabelar seus produtos de acordo com aspectos do próprio negócio. Isso inclui a concorrência, a localização, o público-alvo, histórico de vendas, entre outros.

Porém, os aspectos da economia são essenciais para garantir uma boa margem de lucratividade.

Você já se perguntou se as regras de precificação que sua loja utiliza estão realmente alinhadas com a inflação? Será que seus resultados podem ser melhorados?

Separamos neste artigo 5 problemas que as farmácias enfrentam no repasse de custos da inflação nas farmácias!

Table of Contents

 

Qual é a importância do repasse de custos das farmácias?

 

O repasse de custos é uma prática comum no setor farmacêutico e é importante para garantir a viabilidade financeira das farmácias.

Ao transferir os custos para os preços dos produtos, as farmácias conseguem manter sua margem de lucro e, ao mesmo tempo, cobrir os custos de operação

Isso inclui a aquisição de medicamentos, pagamento de aluguel, salários, impostos e outras despesas.

No entanto, os custos também podem ter impacto nos preços finais dos produtos para os clientes.

Isso pode tornar os medicamentos mais caros e, consequentemente, inacessíveis para algumas pessoas.

Nesse sentido, é importante que as farmácias procurem manter um equilíbrio entre a viabilidade financeira do negócio e a acessibilidade dos produtos para os clientes.

Isso é especialmente fundamental diante dos aumentos de custos relacionados à inflação e taxação de impostos.

Para reduzir o impacto, há estratégias que podem ajudar. Algumas farmácias possuem, por exemplo, convênios com planos de saúde ou programas governamentais que fornecem descontos ou subsídios para os medicamentos.

A parceria com os fornecedores e convênios ajudam a reduzir o impacto do repasse de custos para os clientes que têm acesso a esses programas.

A tecnologia também tem papel importante no repasse de custos em farmácias. Softwares e sistemas de precificação podem ajudar a monitorar preços e margens em tempo real, permitindo ajustes de forma mais eficiente e precisa.

Confira os principais problemas no repasse de custos

A seguir, selecionamos 5 problemas comuns na hora de planejar o repasse de custos ao consumidor:

1. Erros de descontos e preenchimento

Com milhares de SKUs no portfólio, as farmácias têm dificuldades para manter todos os preços atualizados. Esse contexto pode provocar problemas estruturais na receita, com uma queda na margem de lucro de maneira praticamente invisível.

Os descontos, por exemplo, são interessantes para aumentar as vendas, mas as lojas devem controlá-los com cuidado.

Ao lidar com muitos descontos, é comum esquecer a presença de descontos antigos ativados, principalmente em produtos de menor atenção nas vendas.

O mesmo problema ocorre nos preços inseridos com erros de preenchimento. Eles podem passar despercebidos e ficar no sistema por muito tempo até que sejam corrigidos.

2. Descontos por categorias

As categorias de produtos dificultam o repasse de custos ideal nas vendas
As categorias de produtos dificultam o repasse de custos ideal nas vendas

Nas farmácias, assim como no varejo em geral, uma prática muito aplicada no Pricing é o gerenciamento por categorias.

Produtos com comportamento semelhante são colocados em um mesmo grupo para a aplicação de descontos, de forma a otimizar as estratégias de precificação.

Porém, o desconto por grupos precisa ser melhor planejado para evitar prejuízos nos resultados.

Alguns itens de uma mesma categoria não necessariamente precisam de descontos. Sua venda pelo preço tabelado poderia beneficiar a receita da loja, ajudando a repassar os custos dos produtos com preços reduzidos. 

Um exemplo: produtos próximos do vencimento. Um medicamento para condições específicas têm menor procura e colocá-lo em oferta é uma estratégia acertada.

Já os analgésicos, como a Novalgina, gera maior rotatividade. Logo, dispensa a necessidade de descontos para esvaziá-los da gôndola.

3. Não repassar todos os custos atualizados

Para o negócio sobreviver, é preciso que a receita cubra todos os custos.

Além disso, é preciso sobrar uma margem de lucro. Isso inclui os valores infligidos pela alta da inflação, com as taxas incididas nos produtos.

Logo, as farmácias precisam atualizar seus preços frequentemente. Os valores devem ser adequados à nova realidade econômica.

Para abril de 2022, o reajuste aprovado para os medicamentos ficou em 10,89%. É um alerta para as vendas das farmácias, que podem ter uma queda brusca.

Aproximadamente 10 mil medicamentos entram na lista. Com isso, os lojistas devem enfrentar dificuldades na hora de atualizar os preços de seus produtos.

Dessa forma, muitos produtos podem ficar defasados. É muito comum que as farmácias tenham preços desatualizados ou simplesmente gerenciados dentro das categorias.

Por vezes, inclusive, os valores não coincidem para todos os itens do mesmo grupo.

Então, conseguir fazer o repasse de custos devidamente é um grande desafio para os gestores, principalmente em períodos de inflação elevada.

4. Dificuldade para identificar a elasticidade dos produtos

Elasticidade para precificação
A elasticidade dos produtos precisa ser considerada para fazer um repasse de custos eficiente

elasticidade dos produtos é um parâmetro que define a resposta dos consumidores em relação ao preço de venda.

Nas farmácias, a maioria dos medicamentos tende a ser inelásticos. Significa que têm com pouco impacto na quantidade de vendas diante do aumento de preço.

Porém, ainda há muitos produtos elásticos, que geram impacto nas alterações.

No contexto da inflação, torna-se mais inteligente fazer o repasse de custos nos produtos inelásticos. Afinal, eles respondem melhor aos aumentos.

Na via contrária, as mudanças nos preços dos produtos elásticos devem ser mais cautelosas e sutis.

Contudo, essa estratégia pode provocar perda de receitas. Enquanto alguns produtos conseguem repassar custos corretamente, outros acabam repassando apenas uma parte.

Quanto maior é a elasticidade, menor vai ser o repasse.

Ao identificar os produtos mais sensíveis ao preço, a farmácia tem informações mais concretas para montar estratégias de como distribuir os custos.

Assim, consegue aumentar os preços dos produtos inelásticos em vez dos elásticos.

5. Sistema de precificação ineficiente

O quinto problema que as farmácias enfrentam para fazer o repasse de custos da inflação nos produtos é a falta de um sistema de precificação adequado.

Muitas redes utilizam soluções simplificadas que apenas permitem registrar informações e fazer os cálculos.

No entanto, o processo pode ser automatizado com plataformas com inteligência artificial, como é o caso da PROFFER.

Os algoritmos conseguem resolver todas as questões citadas anteriormente neste artigo. Para isso, realizam uma análise aprofundada dos dados disponíveis para leitura.

Eles identificam e notificam os problemas presentes no sistema, item por item, para encontrar defasagens e erros na precificação.

A plataforma da PROFFER aponta, assim, os produtos que estão com descontos indevidos ou preços desatualizados, bem como a elasticidade de cada SKU, permitindo fazer os ajustes necessários para aumentar a lucratividade.

 


 

Quer saber mais sobre repasse de custos  e como resolver os problemas relacionados à alta da inflação no seu negócio?

Então confira o webinar “Como repassar o aumento de custo da inflação nos preços de farmácia”, com as participações de André Braz, Superintendente Adjunto para Inflação da FGV IBRE, e de Vinicius Pantoja, CIO da Proffer!